FICHA TÉCNICA
FABRICANTE:Bungie
GÊNERO:Tiro em Primeira Pessoa (FPS)
DISTRIBUIDORA:Activision
DISTRIBUIDORA:Activision
ONLINE?Sim
DATAS DE LANÇAMENTO:
AMÉRICA: 09/09/2014, EUROPA: 09/09/2014, JAPÃO: 11/09/2014
AMÉRICA: 09/09/2014, EUROPA: 09/09/2014, JAPÃO: 11/09/2014
INFORMAÇÕES ADICIONAIS E SUPORTE:
Resolução Máxima: 720p
Nº de Jogadores: 1 (2-12 online)
Troféus (inclusive Platina)
DLC
Disponível na PlayStation Store (7.4 GB)
Resolução Máxima: 720p
Nº de Jogadores: 1 (2-12 online)
Troféus (inclusive Platina)
DLC
Disponível na PlayStation Store (7.4 GB)
ANÁLISE
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Destiny é um jogo lindo. Essa é uma máxima que não pode ser questionada. Tudo no jogo é bonito. Os cenários são majestosos, as construções são monumentais e os personagens são muito bem feitos. Tudo tem um efeito de impressionar o jogador. Não há como discutir sobre o cuidado que a Bungie teve com seu maior projeto até hoje. A versão utilizada para a análise foi a de PlayStation 3, mas pude jogar um pouco no PlayStation 4 e as diferenças são bem menores do que eu imaginava. É possível apreciar o jogo em sua totalidade no console da antiga geração. Os cenários, que já são lindos no PS3, ficam mais evidentes e bonitos no PS4, mas não existe uma perda muito maior que isso.
Se existe algo que não podemos reclamar de Destiny é a ausência de coisas para fazer. Os modos de jogo são inúmeros e o fator replay é gigantesco. Existe o modo história, o multiplayer competitivo, o multiplayer cooperativo e o modo livre. Cada um tem diversas subdivisões que vou explicar separadamente.
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Classes do game |
Você constrói um personagem escolhendo entre três classes distintas: Titan, Warlock e Hunter. Cada uma possui habilidades bem diferentes e isso fica mais evidente nos níveis mais altos. Essas classes se dividem em duas outras subclasses, também com habilidades distintas, gerando um grande número de possibilidades na jogabilidade. Cada classe tem itens únicos também, que só podem ser usados por esses indivíduos.
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Inimigos |
A grande decepção do jogo é o modo história, que é algo completamente básico comparado com grandes narrativas que estamos ficando acostumados. Não espere algo do nível de Mass Effect aqui. É uma história extremamente linear e clichê. Você assume o seu personagem, que é chamado de Guardian, e é apresentado ao seu Fantasma/Ghost, que é um robô dublado pelo Peter Dinklage (o Tyrion de Game of Thrones) na versão americana, e a partir daí você começa a seguir suas ordens, sem se questionar sobre como seu papel é importante na salvação da humanidade. A história se resume a missões repetitivas nos poucos planetas do jogo. As mais comuns são invadir algum lugar e matar todas as criaturas lá dentro ou proteger um local enquanto seu Ghost está hackeando algum computador.
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Batalha contra chefe |
Outra coisa importante a se dizer sobre o modo história são as batalhas contra chefes. Elas são muito empolgantes e desafiadoras. E são mais divertidas ainda quando jogadas em grupo. Falando em jogar em grupo, o jogo possui um sistema online parecido com Journey: você está jogando e, quando menos espera, já vai estar no meio de um tiroteio entre inimigos e outros jogadores. É algo bastante dinâmico e divertido.
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Edição de Personagem |
O mesmo não pode ser dito da dublagem do jogo, que chega a ser caricata. A expectativa pela voz de Peter Dinklage foi a pior decepção de todas, mesmo depois de ter regravado algumas falas. São piadas sem graça, misturadas com frases clichês. Mas o problema é recorrente em todos os outros personagens de Destiny. Não há nenhum personagem interessante, com a exceção talvez da Queen of the Reef, que é alguém que desejo conhecer muito mais no decorrer da franquia.
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App para celular |
Uma das coisas que mais me deixou intrigado foi a mitologia de Destiny. Existe tanto a ser explorado e mostrado, como toda a concepção do Traveler, das raças alienígenas, da colonização da Terra em outros planetas, mas que o jogo deixa de fora. Nada é muito explorado e muitas vezes nem mencionado durante o modo história. Conforme você progride no jogo e vai encontrando novos lugares, inimigos e itens, você vai desbloqueando novas cartas de Grimoire. Nessa parte do jogo é possível encontrar explicação de grandes dúvidas a respeito da mitologia, mas é algo que é bem opcional. Recomendo o uso do aplicativo para celular, disponível para iOS e Android, que se chama Destiny Companion App. Ele é um programa bem simples que, ao ser ligado com sua conta, fornece informações do seu personagem, mapa da Tower e uma visualização mais prática das cartas do Grimoire. É algo bem opcional, mas que faz a experiência com o jogo ser maior ainda.
Uma coisa que pode afastar os jogadores do jogo é o grind, algo que é bem conhecido dos jogadores de MMO. Grind é ficar matando monstros ou repetindo missões a fim de evoluir e ganhar novos equipamentos. Junto com as missões do modo história, é recomendável ir fazendo missões secundárias (Bounties) para ganhar mais experiência e equipamentos. As missões tem um nível recomendado e, para evitar um grind logo no começo do jogo, é recomendado diversificar. As missões cooperativas e competitivas são liberadas logo no começo do jogo e são opções interessantes para evoluir também.
O personagem evolui normalmente com XP até o nível 20. Depois disso, é necessário evoluir um atributo chamado Light, encontrado em equipamentos diversos, principalmente lendários e exóticos. No começo é um pouco confuso, mas aos poucos vai se tornando mais claro. Mas depois de certo ponto a única alternativa será o grind de equipamentos lendários. Uma coisa é certa: é bem difícil evoluir depois do nível 20 em Destiny.
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Tela de Equipamentos |
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Existe também o modo aberto, que é chamado de Patrol. Nele você pode explorar o mapa e cumprir diversas missões secundárias. Elas ficam espalhadas por todo o cenário e são de diversos tipos, como matar alguns monstros ou recolher materiais. São bem simples e rápidas, mas geram ótimas recompensas para evoluir armas em níveis avançados.
Antes de começar a falar dos modos competitivo e cooperativo, quero falar um pouco sobre a jogabilidade. A Bungie se superou e criou um jogo que atende a todas as expectativas na questão de precisão e velocidade nos momentos de ação. Halo já possuía uma jogabilidade maravilhosa, mas Destiny é algo superior. Tudo funciona bem, seja a maneira como você anda, corre, plana, atira ou pilota. Controlar veículos é algo incrivelmente intuitivo e possui comandos bem simples. Nos momentos em que você morrer, seja no modo história ou enfrentando jogadores online, saberá que o erro foi seu e não dos programadores.
O que leva também a falar um pouquinho sobre o design do título. As armas, equipamentos e personagens foram criados com muito cuidado e apresentam detalhes que são lindos de se olhar. São belos desenhos nas capas, detalhes nas armaduras e acabamentos nas armas. O design de mapas também merece atenção: são ricos em detalhes e muito diferentes entre si, sejam os enormes mapas do modo história ou as pequenas arenas multiplayer. Tudo é muito bem pensado e ajuda na jogabilidade excelente.
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Mapa de missões de Vênus |
O modo competitivo de Destiny é chamado de Crucible e possui vários modos de jogo, desde o clássico mata-mata em equipe até o meu favorito, Control, que é uma mistura de defender a base com mata-mata em equipe. São ao todo dez mapas bem diferentes entre si e que podem ser usados em todos os tipos de partida. O matchmaking é bem rápido e rapidamente é encontrada alguma partida para jogar. O grande problema do competitivo é o desnivelamento de personagens. A diferença de níveis entre jogadores é muito grande em algumas partidas e causa uma grande diferença, principalmente nos níveis iniciais. Mesmo com esse problema, depois de algumas partidas, o jogo se torna viciante e o competitivo se torna algo cada vez mais divertido.
Mas talvez o modo mais legal do jogo seja o modo cooperativo chamado de Strike, composto por times de três jogadores, sendo basicamente uma dungeon com um chefe no final. Pode parecer simples, mas é extremamente divertido. Foi o modo em que fiz mais amizades no jogo e que me pareceu mais justo. As batalhas contra chefes nesse modo são sempre ótimas e é necessário um pouco de estratégia para avançar em certos pontos. Depois de certo nível, são desbloqueadas as missões chamadas Vanguard Strikes, que são playlists com missões em dificuldade avançadas, mas que geram enormes recompensas no final.
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O jogo desde seu lançamento vem recebendo o suporte de diversos eventos, como diferentes modos de jogo durante um final de semana e o próprio Raid, que já foi incorporado como atividade normal. Um calendário com outros eventos já foi disponibilizado e com isso vemos a paixão com que a empresa vem trabalhando para agradar a todos. Destiny é um jogo que nasceu com um plano de continuidade por longos dez anos. Isso é uma benção e uma maldição, porque, ao mesmo tempo em que sabemos que a franquia continuará no mercado, sabemos que de certa forma estamos adquirindo um produto inacabado. Isso é algo que é perceptível no jogo, que já conta com duas expansões anunciadas e que prometem adicionar elementos a todos os modos, inclusive o modo história.
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VERETIDO
Destiny é um jogo diferente de tudo que já existiu no mundo dos videogames. Não é somente mais um jogo, é uma experiência. É algo que precisa ser vivido e testado. O jogo falha no modo história, que poderia ter sido muito melhor, mas é excelente em todos os outros aspectos, seja na jogabilidade, trilha sonora, animação ou nos excelentes e viciantes modos multijogador. Destiny é um evento no mundo dos games e é algo que ainda vamos ouvir falar por muitos e muitos anos.
NOTA
9,0/10,0
Por: Felipe Nunes de Freitas (Ps3 Brasil)
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